segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O Andar das "Coisas".

Estudamos cada movimento do ser humano, na tentativa de entender a criação, mas quando nos tornamos criadores, tentamos avaliar estes movimentos na nossa criação, e dar vida aos nossos objetos, querendo que a cada segundo ele se transforme no "pinochio" de nossos tempos, dando a ele características humanas.

Então num subterfúgio quase que ensandecidos, conseguimos guiar nossa criatura a nos satisfazer o ego, e criar dela um objeto como nós fomos criados, com propósitos quase animados, na egocentricidade de vermos nossos objetos nos servindo, tornando-se escravos de nossa vontade, e aí nos enganamos, nos tornamos tão criadores que não percebemos que o objeto que criamos começa a nos usar, como uma força motriz, que não se satisfaz no existir, tem que ter vida própria e usufrui-se sem pudor da nossa vida, sem pedir licença, sem fronteiras e anda rumo ao infinito.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Onde estamos...

Estamos nós tão inseridos no objeto que criamos. Nos tornamos verdadeiramente criaturas, deformamos a cada segundo o tempo-espaço e formamos em nós mesmos conjecturas com o mundo que criamos.
Afinal somos formas de nós mesmos, objetos criados a partir de uma matriz perdida e insólita. Nos perdemos nos confins do universo e "entronizamos" enfadonhamente nos nossos próprios desafios de não nos tornarmos adjetivos daquilo que estamos criando.
Mas quem somos afinal, onde estamos afinal, será que a cada momento criativo, num delírio performático, encaramos que nós vamos aos poucos nos tornando objetos de um mundo que nós mesmos criamos, deixando para traz a essência de ser, entrando cada vez mais, e tornando-se aquilo que criamos.

sábado, 24 de novembro de 2007

As complexidades....

O próprio objeto conta histórias não só de si mesmo, mas e sim um desenrolar de idéias, e de tudo que o permeia.
Um conjunto de "coisas" formam as idéias, onde temos vários atores, e cada ator vê o espetáculo de uma forma e conceito seu, mas também tem a oportunidade de enxergar pelo ângulo de cada um que compõe o espetáculo, e aqui é onde o ator enxerga aquilo que atrai, aquilo que atinge seu interior com maior e menor intensidade, portanto posso afirmar que sempre o objeto por mais complexo que ele seja, não pode ser encarado em momento algum, sem pensar no significado dele para cada um que o observa, pois a cada momento ele interfere de forma diferente. Às vezes, mesmo na vida do mesmo ator, ora ele pode ter um significado, ora outro.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Objetos servem sempre ao seu propósito?

Quando criamos objetos, nós nem sempre conseguimos proporcionar a ele o real propósito de vida. Muitas das vezes "ele" insiste em criar a sua própria memória descritiva e assume sua personalidade, ou será a nossa, que refletida cria uma alegoria de servir aos outros propósitos que não conseguimos enxergar em nós mesmos.
Grande a sacada disto foi do meu amigo Marcelo, que fez um vídeo,para a aula de História da Arte em 2006, não com este propósito específico, mas que ilustra com perfeição este pensamento.

Cadeiras

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Pensamentos Livres...

Quando olhamos para um objeto, nós não o visualizamos como tal, seja pela proximidade refletida, ou seja pela não proximidade, o fato é que o objeto é sempre objeto. Será? Até que ponto esse objeto nos enxerga refletidos no seu próprio eu, e nos tornamos objetos.
O pensamento humano é de não pensar o homem como objeto, pois a essência humana não é física, e sim espiritual, portanto na visão simplista o homem não é um objeto, as outras coisas que o servem são objetos. Mas o que realmente é um objeto? É tão somente aquilo que nos pode servir, ou também podemos nos colocar na visão do objeto, que por outro ângulo, também servimos ao propósito daquilo que criamos. Ou seja, a minha pergunta é, será que nós nos servimos do papel de sermos objetos dos nossos próprios objetos?